Investimentos em startups brasileiras recuam no primeiro trimestre; Gabriel Mancine comenta cenário

Empreendedor Gabriel Mancine analisou o cenário e citou o aumento global dos juros como um dos fatores que levaram aos números

A aplicação em startups brasileiras cresceu rapidamente nos últimos anos por conta de grandes investimentos de fundos de capital de risco. Assim, foi criado um cenário promissor para empreendedores e investidores. No entanto, os números do primeiro trimestre de 2023 mostraram um recuo expressivo. Os investimentos no setor caíram cerca de 86%, de acordo com dados divulgados pelo o Distrito, plataforma de inovação que ajuda empresas a potencializar seus resultados.

Gabriel Mancine, empreendedor especializado em startups, citou o aumento global dos juros como um dos motivos para esse recuo. Ele explica que, com isso, a maioria dos investidores em fundos de venture capital tem deixado de investir por conta da instabilidade econômica mundial. Porém, mesmo com esse recuo, o empresário enxerga essa situação como uma oportunidade.

“As pessoas têm a tendência a encarar grandes desafios como problemas, se é que podemos chamar assim esse impacto de redução de investimento. Onde há grandes barreiras, encontramos também grandes oportunidades. Tecnicamente, o aumento de juros global traz essa retração. O impacto financeiro gera uma grande oportunidade para os detentores dele”, disse.

“É o momento em que empresas quebram, aumenta a demanda para tomadores de crédito, as oportunidades de fazer aquisições patrimoniais a valores menores do que os de avaliação real surgem pela necessidade de liquidez, e a saída de investidores das startups geram possibilidades de entrada mais barata para que o negócio não morra. Poderia citar diversos exemplos, mas, fato é: grandes movimentos de retração ou progressão sempre geram oportunidades”, completou.

Nos anos de 2020 e 2021, o mercado de startups no Brasil arrecadou cerca de US$ 3,5 bilhões e US$ 9,8 bilhões. A alta foi arrecadada pela baixa de juros e o interesse por grandes partes dos investidores no setor de tecnologia, que estava crescendo durante a pandemia do covid-19.

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